• Comercial da Volks com recriação de Elis Regina em IA viraliza na web

    A Janja se “acabou de chorar”, disse ela, em postagem no Twitter sobre o novo comercial da Volkswagen do Brasil comemorando seus 70 anos no país.

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    E, assim como a dela, milhares de postagens surgiram na internet — em redes sociais e grupos de mensagens — desde que a montadora colocou no ar o filme em que Maria Rita e sua mãe, Elis Regina, falecida há 41 anos, mas recriada através de inteligência artificial, cantam juntas “Como nossos pais”, a canção clássica de Belchior.

    Com criação da AlmapBBDO, o filme, que encerra com a mensagem “Volkswagen, sucesso que passa de geração em geração”, mostra Maria Rita dirigindo pela estrada um ID.Buzz, que é a versão 100% elétrica da Kombi, quando Elis se aproxima dirigindo o modelo tradicional do veículo. Este ID.Buzz chegará ao Brasil apenas atravé de um lote limitado de 70 unidades, em homenagem aos 70 anos da marca.

    A produção foi da Boiler Filmes, com direção de cena de Dulcidio Caldeira. E a produção explica que o trabalho “contou com tecnologia de IA treinada especificamente para reconhecimento facial de Elis Regina, diferentemente do que são feitos em projetos que utilizam tecnologia pré-treinadas a partir de dados genéricos”.

    Contando com uma empresa de pós-produção americana em Hollywood, durante dias, a IA recebeu extensivos treinamentos com diferentes tecnologias, combinando a atuação da dublê com os movimentos e imagens de Elis.

    Além de estreia na TV aberta, a estratégia de comunicação conta com materiais de OOH e mídias digitais. Ainda haverá ativações no festival de música The Town, que será realizado em setembro de 2023, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), que terá a Volkswagen como uma das patrocinadoras e contará com Maria Rita entre as atrações.

    A criação foi de Francis Allan e Gustavo Tasselli, com aprovação, na Volks, por Roger Corassa, Livia Kinoshita, Cristiano Mineiro, Arthur Rocha, Agnes Marques e Helena Oliveira

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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    Discussão

    1. Marly Collyer

      Parabéns pelo seu aniversário, felicidades, saúde e paz!
      Grande abraço!

      P.s. Embora agora fora do mercado, todos os dias curto ler as notícias da Janela e me atualizar.

    2. Toninho Lima

      A sensação que eu tenho é a de quem esteve durante alguns anos preso em uma bolha onde toda locução era chorosa, toda mensagem era em tom de cobrança e toda ideia era um discurso.
      Sim, confesso que mesmo eu, em tempos recentes, estava me acostumando ao modelo de transformar toda oportunidade de cada mídia para tentar ser uma pessoa melhor, tentar salvar o planeta ou mostrar como podemos todos sermos amáveis e solidários uns com os outros.
      Mas, do nada, sem aviso nenhum, fui atropelado por uma simples, tocante e genial ideia. Um filme que traz de volta o frescor das ideias livres, leves e soltas. Que abraça o desafio de tentar fazer o que parece impossível.
      E mais: que toma partido da Inteligência Artificial com a segurança de quem sabe quem manda em quem.
      Não encanta só pelo emocional, mas pela qualidade da ideia e pela forma com que nos prova que a Inteligência Artificial é apenas aquilo que é. Uma ferramenta que sempre dependerá da mais poderosa de todas as tecnologias: o cérebro humano dotado de criatividade e ousadia. Há vários anos eu não via uma publicidade virar assunto das conversas em todo o país.
      Obrigado a vocês criativos e executores dessa obra-prima, pela alegria que nos trouxeram nesta terça-feira banal e, como quase sempre, dedicada a posts e stories sem graça e com muita lição de moral. A vocês, com muita gratidão, a nossa humilde homenagem.

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